sábado, 20 de abril de 2019

Deus odeia o repúdio!

O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor. Romanos 13:10

A unidade se faz em amor e não em violência - opressão, exploração, humilhação, fingimento, prisão.

Não se mantém um casamento com base em atitudes de repúdio. Só o amor faz um verdadeiro casamento, a verdadeira unidade e a felicidade de um casal.

Infelizmente é grande o número de pessoas que se trocam o viver frutífero e feliz de um casamento alicerçado nos mandamentos de Deus, pela desgraça de querer manipular uma pessoa em função de seus próprios pecados, leviandades, e pelo prazer vil de um dia a dia centrado em interesses egoístas, vis, sujos. Trata-se de uma fraude e não de um verdadeiro casamento.

O que fazer diante da fraude? Como Deus vê uma situação como essa?

Deve a pessoa enganada, lesada, abusada, violentada, explorada, manter-se refém de quem lhe usurpou a liberdade, expondo a uma vida de confusões, caos e dor?

Não. Mas isso tem sido muito comum porque não há quem pregue contra tal prática, não há quem escute O Criador. Não é o divórcio que Deus odeia, é o repúdio. É para a dureza de coração que leva ao repúdio que existe o divórcio. O próprio Deus diz ter se divorciado em sua aliança com Israel, por jamais ter se arrependido de toda a sua iniquidade, por ter repudiado ao próprio Deus em sua prostituição.

E vi que, por causa de tudo isto, por ter cometido adultério a rebelde Israel, a despedi, e lhe dei a sua carta de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu. Jeremias 3:8

O divórcio não é remédio para qualquer desacordo que não se queira tratar. Mas é remédio necessário para casos extremos que configuram fraude, onde não há amor verdadeiro e portanto jamais haverá verdadeira unidade. É a anulação de um ato de maldade, onde deveria haver um pacto frutífero de amor. A vítima deve ser liberta do opressor. O opressor deve, assim, ser privado de continuar a fazer mal a quem enganou.

Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e o Senhor teu Deus os entregar nas tuas mãos, e tu deles levares prisioneiros, e tu entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a tomares por mulher, então a trarás para a tua casa; e ela rapará a cabeça e cortará as suas unhas. E despirá o vestido do seu cativeiro, e se assentará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; e depois chegarás a ela, e tu serás seu marido e ela tua mulherE será que, se te não contentares dela, a deixarás ir à sua vontade; mas de modo algum a venderás por dinheiro, nem a tratarás como escrava, pois a tens humilhadoDeuteronômio 21:10-14

Buscar justificativas na vítima para ter caído nas garras de um opressor, é acrescentar ainda mais sofrimento a quem precisa de socorro. É julgar quem precisa de reparo. O julgamento deve estar com o opressor, pois, absolutamente, por mais correto que seja, ninguém está isento de ser enganado e de que o alvo de seu amor se entregue a uma vida de iniquidade, como fez Israel, a quem Deus deu carta de divórcio.

Ainda fazeis isto outra vez, cobrindo o altar do Senhor de lágrimas, com choro e com gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.
E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança.
E não fez ele (dos dois) somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência (filhos) para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais.
Enfadais ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada, ou, onde está o Deus do juízoMalaquias 2:13-17

Quem tem pregado contra o repúdio? Deus fala do repúdio, Jesus fala do repúdio. E quem tem pregado contra o repúdio?

As pessoas nem mesmo sabem o que é isso. E os que estão dispostos a fraudar um pacto de casamento para usar uma pessoa em função de um viver em iniquidades, se pautam em toda a pregação contra o divórcio para justificar o cárcere em que encerram a vítima de seu viver opressor, de sua deslealdade e infidelidade para com o pacto do casamento, o qual não vive em verdade.

Quem tem pregado contra o repúdio?

REPÚDIO: Ação de repelir, manifestar recusa; repulsa ou falta de aceitação, enjeitamento. Desdenhar, colocar de lado, separar-se.

Como já dito, a origem latina da palavra repúdio é repudium, significando que indica rejeição ou ato de rejeição para com algo que se produz vergonha. Por sua vez, este termo está enraizado no verbo pudet, que significa que causa constrangimento; pela junção do prefixo re-, além disso, a sua definição adquire um movimento para trás, um regresso ao tempo em que não havia tal sentimento. https://oquee.com/repudio/

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério. Mateus 5:31,32

E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?
Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés?
E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento;
Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher,
E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo.
E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela.
E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera. Marcos 10:2-12


Na cultura judaica a prática do adultério da forma como Jesus se refere, deve-se ao desinteresse em formalizar o divórcio, seja para seguir explorando como escravo o cônjuge, seja para não assumir socialmente o ato de repúdio, seja para não restituir o cônjuge deixado e/ou sua família, dos bens e posses provenientes de um dote ou do trabalho do cônjuge. Assim, pela dureza do coração não só repudia, como mantém o cônjuge subjugado, preso, humilhado, lesado. Adultera e expõe o cônjuge ao adultério.

Na seguinte passagem, O Senhor reconhece que uma mesma mulher casou-se mais de uma vez. E também reconhece quando essa mesma pessoa se relaciona com alguém com quem não está casada. O fato de ter se casado tantas vezes demonstra haver algo errado na maneira como essa mulher se relaciona com as pessoas com que se propôs comprometer. O amável Senhor sonda-lhe o coração, e ela entende: 

Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. João 4:16-19

E O Senhor, que sonda os corações, ainda manifesta seu perdão para a mulher que seria apedrejada por adultério, segundo o mandamento de Moisés:

E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais. João 8:4-11


Para concluir essa reflexão, examinemos ainda as palavras de Paulo para o casal:

Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor. Colossenses 3:18 

Ser submissa é estar sob missão. Qual a missão do marido? Dormir, se drogar, surfar, investir no exibicionismo, na aparência, no carro? É sob essa missão que a ajudadora idônea deve se colocar? Não. A missão do marido é a que Deus lhe confiou. Cumprir seu papel de prover o sustendo de sua família, fazer feliz sua esposa, dar condições de que seus filhos tenham uma vida digna, testemunhar o amor do Senhor e impactar outras vidas com os frutos de uma vida de amor. Expor mulher e filhos aos danos de uma vida de luxúria, cobiça, prostituição, ócio e vício é grande pecado.

Por outro lado, há mulheres que querem manipular os maridos...

Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente. Colossenses 3:19

O homem maduro se alegra em promover o bem estar de sua esposa. Não deixa de suprir suas necessidades de alimentar-se, vestir, arrumar-se, ter lazer, mesmo podendo, por priorizar interesses egoístas como se fosse solteiro e tivesse diante de si não uma esposa, mas uma escrava.

O homem sábio alcança felicidade. O tolo prepara a própria ruína.

Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,
Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.
Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,
para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.
Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja -
porque somos membros de seu corpo.
Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne {Gn 2,24}.
Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja.
Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido. Efésios 5:21-33

Há pessoas que já no início do casamento dispersam do sentido do casamento e já começam a investir na exploração da pessoa com quem deveria buscar a felicidade conjugal. Não se dispõem a dividir planos, responsabilidades, o cuidado do lar. Não investem no lazer a dois, em pequenos momentos de carinho, em passeios. Negligenciam o prazer sexual sem mácula, ficam inertes e investem em pornografia, adultério. Desprezam a família do conjuge, e permitem que a própria família se envolva demasiadamente em seu novo lar. Dão demasiada atenção a amizades, redes sociais, Hobbies, e deixam de lado seu companheiro.

Se um homem tiver se casado recentemente, não será enviado à guerra, nem assumirá nenhum compromisso público. Durante um ano estará livre para ficar em casa e fazer feliz à mulher com quem se casou. Deuteronômio 24:5

Para quem se casou, não há como ser feliz sem investir na felicidade, no bem estar, na alegria do seu cônjuge.

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