domingo, 25 de fevereiro de 2018

Por que adultos não estão cuidando de seus filhos pequenos?

Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.
Salmos 127:3,4


Primeira situação exemplo real:

A família seguiu para um encontro social da igreja na associação de um condomínio cercada de verde e na beira de um vale. O marido logo afastou-se para juntar-se a grupo de homens de conversa animada. A esposa sentou-se com outras mulheres que se distraíam numa mesa, jogando baralhos. Seus dois filhos, um menino de seis anos e uma menininha de 2, logo se reuniram a outras crianças que brincavam por perto. A mãe achou que ficaria de olho. Mas logo se distraiu com o jogo e se sentiu tranquila por estar olhando vez por outra em volta e vendo-os por ali. 

Só que passado algum tempo, notei que a pequena garotinha não estava mais brincando com as demais do seu tamanho. A mãe estava completamente envolvida no jogo e papo com amigas e o pai permanecia afastado conversando animado. Eu era apenas uma jovem professora de EBD das crianças, mas fiquei preocupada e passei a procurar a menina. Após cerca de quinze minutos de busca, avistei a garota sozinha e chorando.

Ela havia escorregado numa pequena ribanceira arborizada que beirava um dos lados do espaço social, parando lá embaixo no vale. Desci com cuidado o terreno escorregadio até chegar à criança que estava toda suja de barro. Ela logo levantou os bracinhos me reconhecendo. Carregei-a, com minha calça branca que ficou imunda de barro. Subi  acalmando-a e levei-a até sua mãe que levou um susto.

Segunda situação exemplo real:

Era um retiro e durante os estudos matinais em grupos, eu ficava desenvolvendo atividades com as crianças numa sala do mesmo prédio onde estava alojada com meu filho. Em outros momentos do dia, colocava alguns brinquedinhos do meu filho de dois anos na mesma sala para ele se distrair. Algumas mães e pais terminavam se aproximando e ficando também com seus filhos ali, até resolvermos fazer outra coisa. 

Havia uma garotinha que vinha sozinha, entrava e saía algumas vezes. Numas das vezes que saiu sozinha, perguntei com quem estava e ela apontou seu avô no gramado lá fora. O avô nunca veio com a menina e nem nunca me pediu para olhá-la, como alguns pais fizeram em alguns momentos. 

Uma noite, já na metade do retiro, o avô entrou na sala perguntando pela neta e eu disse que ela passou por lá, mas já tinha saído. Logo a filha dele e mãe da menina apareceu e os dois saíram a procurar, brigando entre si sobre quem deveria estar olhando a menina. Pouco tempo depois o homem voltou me dizendo horrores porque eu deveria estar olhando a menina, como se eu fosse uma serviçal ali. Disse a ele que conforme a organização do retiro anunciou no primeiro dia, eu ficaria com as crianças voluntariamente apenas durante os estudos. os outros pais presentes saíram em minha defesa e ele se foi. Depois acharam a menina brincando com outras crianças maiores num dos alojamentos.

Terceira situação real:

Era o parquinho de uma lanchonete. O famoso tubo escorrega que dá numa piscina de bolinhas. Ao chegar com meu pequeno filho de 4 anos, vi que as crianças brincavam sozinhas, sem monitoria de pais ou funcionários e, como sempre, resolvi permanecer por ali. Estranhei porque haviam duas garotinhas bem pequenas, de 3 ou quatro anos, também sem os pais por perto. Logo meu pequeno entrou no brinquedo. Dois garotos que deveriam ter 6 ou sete anos me olharam desconfiados e pouco tempo depois entendi a razão. 

Quando as crianças menores desciam o escorrega, eles seguravam o pescoço por detrás e enfiavam na piscina de bolinhas às gargalhadas, enquanto a "vítima se debatia pra se soltar". As demais menores, irritadas, ajudavam a "salvar" a vítima de cada vez.  Perguntei a elas se conheciam os dois garotos e disseram que não. Sugeri que fossem até seus pais, mas como não queriam sair do brinquedo, tentavam se virar. Enquanto isso chegaram mais algumas crianças pequenas que também se tornaram vítimas dos "algozes". 

Retirei meu filho, que eles não "atacaram" como fizeram com as demais, devido a minha presença. Tentei intervir educadamente, explicando que não deviam machucar os menores, mas os garotos não respeitaram e continuavam com a "tortura" às gargalhadas. Foi então que uma funcionária do local também percebeu, chocada, o que os garotes estavam fazendo e minha tentativa de intervir, e me ajudou indo até o local onde ficavam as mesas e os pais, alheios todo o tempo ao que se passava, se distraiam comendo, bebendo e conversando.

Quando as crianças pequenas começaram a contar o que os garotos estavam fazendo, os pais ficaram muito irados. Os pais dos garotos chegaram com aquele ar de que sabiam o que seus filhos eram capazes de fazer quando não os tinham por perto, e logo trataram de pagar a conta e sair da lanchonete, para evitar as demais famílias.

Então as crianças voltaram a brincar e alguns pais resolveram permanecer por perto, enquanto outros voltaram para as mesas deixando os pequenos ali, e outros resolveram também ir embora.

Quarta situação real?

Era um parquinho de natal do shopping, os pais colocavam as crianças lá dentro, mas não procuravam ficar por perto. Logo se distraiam com algo confiando na atenção da única monitora. Meu filho era um dos maiores, com sete anos, mas, mais uma vez, achei melhor ficar por perto. Estava bem cheio o brinquedo e após mim, entrou um garotinho de cinco anos, levado por seu jovem pai e um amigo dele. Acredite, os dois infelizes incentivavam o menino a empurrar e xingar as demais crianças. Meu filho estranhou o comportamento e o xingamento e vei até mim. Tratei de explicar a ele que não era o que o menino falava e que infelizmente o pai estava ensinando o garotinho a agir daquela maneira. 

Logo a monitora estava retirando a criança, que já perturbava bastante e xingava terrivelmente todas as demais, e repreendendo o pai, que com ousadia e de modo grotesco pestanejava que o filho de direito de permanecer ali e "brincar". Outros pais se aproximaram ao perceber o pequeno tumulto. Me perguntaram o que houve, expliquei. As crianças ficaram esperando o tempo do garoto acabar para voltarem ao brinquedo. O menininho brincou sozinho e confuso, diante do pai contrariado. As crianças voltaram a brincar depois que saíram.


O que os pais estão fazendo?

Essas situações reais que vivi e trago como exemplo são das mais simples. Quem não lembra dos bebês que morrem esquecidos nos veículos? Ou das crianças de seis anos deixadas sozinhas em casa à noite que acordaram e se jogaram pelas janelas desesperadas?

Ou seja, o que distrai os pais da responsabilidade sobre bebês? E o que leva pais a acharem que crianças de seis anos são maduras o suficientes para saberem o que fazer se acordarem sozinhas à noite, sem saberem onde estão seus pais? Adultos imaturos esperam maturidade de crianças pequenas. E o pior, o que foram fazer? Algo inadiável, excepcional? Não. Apenas buscar os que lhes alimenta vícios, paixões, prazer.

Dia desses um pai, que conversava com os amigos, deixou seu filho de dois anos entrar sozinho no parquinho pra brincar. Logo o menino voltou chorando e com a perna sangrando bastante. Havia uma garrafa quebrada no escorregador.

Há ainda cada vez mais pais e mãe estúpidos, espancando os filhos, cobrando deles maturidade e responsabilidade e perfeição que eles mesmos não têm. E aqueles que descontam nos filhos o ódio que sentem das suas paixões, a falta que sentem de suas drogas. E os que abusam de crianças inocentes totalmente pervertidos e atolados em imoralidade. Terrível!!! Monstros.

As pessoas falam tanto em amor e felicidade, mas cada vez mais se atolam e tolices e perturbam toda a vida.

Filhos são bençãos enormes e devem ser amados, cuidados, respeitados. 
Do contrário, só aumenta a tragédia social.  


PAIS, CUIDEM DE SEUS FILHOS.
FIQUEM POR PERTO. 
SEJAM ADULTOS E RESPONSÁVEIS. 
ELES PRECISAM DISSO.

PAREM DE SE EMBRIAGAR EM COBIÇAS, PAIXÕES, VÍCIOS, ANSIEDADES, VAIDADES.
PROPORCIONEM SEGURANÇA PARA AS CRIANÇAS.
PAREM DE COBRAR E ESPERAR DELAS MATURIDADE.
ELAS SÃO CRIANÇAS.
NÓS SOMOS ADULTOS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário